Sentir dor não é normal
13/10/2016
Sentir dor não é normal Quantas vezes você já ignorou a sua dor crônica, encarando como algo normal e corriqueiro? Não encare a Dor como algo que seja obrigado a aprender a conviver. Afinal toda Dor tem tratamento, e quem não deseja ter mais qualidade de vida controlando ela? Uma em cada três pessoas em todo o mundo sofre com dores crônicas, e 80% da população provavelmente vão lidar com o problema em algum momento da vida, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. A dor crônica mais comum é a de cabeça do tipo enxaqueca ou cefaleia, seguida pelas dores na coluna lombar e cervical e as dores osteomusculares, geralmente causadas por degenerações ou um esforço repetitivo. Explicar a dor crônica nunca é fácil. Por um simples motivo: todo mundo já sentiu dor, então, associa a alguma experiência pessoal. Aquele dia em que arrancou o dente ou quebrou o braço, queimou o dedo na panela, caiu no chão… Até aí, nada de errado: todas essas experiências realmente provocam dor, mas essa dor logo passa. Não é a ela que estamos nos referindo quando falamos da dor crônica. A dor crônica, ao contrário da dor aguda, não é um mecanismo natural de alerta do corpo. Muito pelo contrário. Se uma pessoa tem dor crônica, é sinal de que algo está funcionando mal em seu organismo. Para entendermos o que é a dor crônica, vamos recorrer a uma analogia. Ao avisar-nos de que há algo errado acontecendo, a dor funciona como um alarme, assim como o de uma casa. Se um bandido tenta entrar na casa, o alarme soará, nos avisando que há um risco de assalto. Agora imagine que o alarme de uma casa passou a disparar aleatoriamente, mesmo que não haja ninguém por perto. O alarme perdeu a sua função, já não mais nos avisa dos riscos e perigos. Assim acontece com a dor crônica: a condição dolorosa passa a ser a própria doença, não é mais apenas um aviso de outra enfermidade. Considera- se crônica a dor que não cessou após o término do processo de cicatrização, ou aquela que persiste por meses, geralmente três meses sob o ponto de vista clínico e seis meses sob o ponto de vista de pesquisa clínica. Estímulos considerados indolores por outras pessoas tornam-se um pesadelo quando se tem dor crônica. Por exemplo, o simples roçar da manga da camisa é algo insuportável para muitos pacientes. Mas nem todo mundo consegue entender como é que algo tão banal quanto o encostar-se a um tecido pode virar fonte de uma dor e sofrimento imensurável. A dor crônica não tem valor biológico, nem sempre se encontram doenças ou sinais visíveis que a justifiquem. Os pacientes podem ter histórico de inúmeros tratamentos, além de apresentarem morbidades associadas como depressão, ansiedade e alterações do sono e apetite, caracterizando a Dor como uma doença em si. A persistência da dor, o excesso de consultas e tratamentos, afeta profundamente o paciente, física, psíquica e socialmente. É fundamental uma abordagem médica biopsicossocial, um exame neurológico e musculoesquelético completo e um tratamento integrado de profissionais com experiência em tratamento multidisciplinar da dor. Já foi a época onde tratar a dor era apenas prescrever medicamentos. Hoje o objetivo é uma reabilitação completa visando o controle da dor, melhora da autoestima, adequação do sono, apetite e humor, atividade física regular individualizada, inserção social e qualidade de vida. Prepare-se para a consulta médica:
EX: Sinto dor de cabeça, no fim do dia, ainda quando estou no trabalho há 2 anos. Tenho três vezes por semana, persiste até tomar medicação, é de forte intensidade, melhora com dipirona, piora com barulho e com luz. Já ganhei 5 kg desde então. Nos dias de dor tenho dificuldade em iniciar o sono. Atrapalha o meu convívio com meus filhos e as minhas atividades de casa.
Referências: http://www.sbed.org.br/sites/arquivos/downloads/fasc_dor_musculoesqueletica.pdf http://www.sbed.org.br/sites/arquivos/downloads/fasc_cro_persist.pdf http://www.singular.med.br/informacao/tipos-de-dor/152-dor-cronica.html http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dor-cronica-afeta-80-populacao-mas-quase-sempre-tem-cura-3032565#ixzz44CmyKcaq http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/15310-11-atitudes-que-facilitam-a-consulta-medica/11 Estou à disposição para quaisquer dúvidas ou outros esclarecimentos a respeito da doença. Dra. Mariana C.L de Carvalho CRM/SP:141077 Medicina Física e Reabilitação Membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
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